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". . . . Essas palavras tristes e desorganizadas escondem as lágrimas que eu espero que tu nunca vejas . . . ."







segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ao acaso . . .


          Luz. Acordo e abro os olhos. Um raio de sol atravessa o vidro da janela e ilumina-me o rosto. Olho em volta e vejo o esplendor de um novo dia. Respiro fundo e vislumbro o extenso areal através da varanda, que separa o meu quarto do resto da praia. Reparo então que nada mudou, nem mesmo eu, que continuo tal e qual por fora (no entanto, por dentro sinto-me como uma estranha . . . ).
         Razões não faltam para que o 'eu' nao seja EU: esta complexidade confusa, que se aloja dentro de mim. Já não sei o que faço aqui, esqueci-me da razão pela qual estava ainda a viver. No meio da confusão do dia-a-dia fui perdendo o brilho da esperança e agora sou apenas o resto de um corpo, que deambula por aqui sem destino certo.
         Há dias atrás reflecti sobre a essência de mim mesma, e concluí, morosamente, que toda eu sou um conjunto de bifurcações e becos sem saída, abandonados nos confins de um espaço sem fim. Constante indefinição do ser que sou, identidade perdida para jamais ser encontrada. . . .

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