your language


". . . . Essas palavras tristes e desorganizadas escondem as lágrimas que eu espero que tu nunca vejas . . . ."







sábado, 26 de maio de 2012

under the stars

E eu conjecturo coisas no ar.
Relembro noites fugidias.
Sentimentos em vão.
Paixões fugazes.
E momentos efémeros.
A noite está fresca assim, enrolados numa manta a contemplar as estrelas no céu, a lua em quarto crescente, aviões em voos fora de horas. E os dois rimos para o céu. Estupidez momentânea, de reparos sem nexo. Os teus olhos brilham, mas tu já não vês mais nada. Puxas-me mais para junto de ti, enrolas os dedos nos meus cabelos e com a outra mão afagas o meu corpo, apertando-o contra o teu. Ao longe a noite deixa de ter os seus contornos (ou sou eu que já não os vejo) e a lua esbate-se pelo resto da noite. A chama da vela apaga-se e a cera escorre simples e breve. Tu sentes o sabor da minha pele, eu deixo-me esconder em ti. Arrepias-me a nuca, respiras tão docemente perto dos meus lábios e roubas-me outro beijo. E eu encaminho-te, deixo que sejas predador no meu próprio território. E assim os teus ombros começam a ficar desnudados, a porta está no trinco, mas eu nem me importo, e tu puxas-me uma vez mais; peças de roupa espalhadas aleatoriamente pelo chão. Já só sinto o teu toque na minha pele; (lá fora um pássaro canta, mas a melodia soa tão repentina e triste, que me desligo.) Perdes o controlo, libertamos as amarras, e eu sinto o roçar singelo dos teus cabelos no meu peito, as tuas mãos exploram o meu corpo, como lugar desconhecido e agradável. Corpos enrolados em véus de cumplicidade, bocas molhadas e sentimentos unidos, entre pessoas tão opostas, mas ao mesmo tempo tão iguais naquilo que desejam fruir. Perco-me na lembrança dessa noite, de ti a entrelaçar-te em mim para dormir, do teu braço sobre o meu ventre, das tuas palavras doces sussurradas ao meu ouvido, dos meus dedos a brincarem com o teu cabelo, como se fosses meu, como se pertencesse-mos um ao outro . . .
Sim eu sinto falta de ti ...
os teus contornos,
os teus cabelos,
o teu cheiro,
o teu olhar . . .

sexta-feira, 25 de maio de 2012

União Zoófila AJUDEM E DIVULGUEM



Mesmo que não contribuam, pelo menos tentem divulgar como eu esta triste situação!!! 


  • "Esta tem sido uma semana terrível, amigos. Terrível. E nós somos seres humanos.Somos seres humanos mais ou menos habituados a lidar com os resultados da crueldade contra animais indefesos. Às vezes pensamos que já vimos tudo e não vimos. Ainda há mais para ver, mais brutalidade, mais indiferença.
  • Vamos falar de 'pits'. Vamos falar de uma atitude social que os transformou em monstros. Vamos falar de uma lei que, num país sem lei que criminalize os maus tratos a animais, se dirige especificamente aos animais ditos perigosos. E é uma lei hipócrita, mentirosa, estúpida. Porque se alguém com um cão obediente e equilibrado de raças ditas perigosas o leva na rua controlado sem açaime é multado e bem multado. Mas que polícia, que autoridade investiga quem fez isto a esta criatura que aqui vos mostramos? Que tribunal vai julgar este crime?
  • Esta tem sido uma semana terrível, cheia de olhares suplicantes destes, cheia de sofrimento, cheia de seres vivos que parecem ter passado por todos os horrores e precisam de ajuda.
  • Nós precisamos de ajuda. Nós não temos dinheiro para pagar contas em hospitais e clínicas veterinárias. Podem dizer-nos que já não vale a pena, que nada vai salvar esta cadelinha. Mas é nosso dever tentar. Quem puder e quiser ajudá-la, os donativos podem ser depositados na conta com o NIB 0033 0000 0058 0204 223 56. Enviem comprovativo de transferência para uniaozoofila@gmail.com, bem como indicação de morada e nif, para que possamos passar o recibo. Não sabemos se ela vai sobreviver mas vamos tentar recuperá-la." 

Passem a mensagem, ajudem um animal indefeso que nada pode fazer :( 

sábado, 12 de maio de 2012

friends

Haverá manhãs, tardes e noites mais bem passadas, do que aquelas em que estamos com verdadeiros amigos? 

"Adaptar-me-ei à vida de acordo com as circunstâncias. A vida ofereceu-me tanto que não necessito de mais nada. Sei que posso ser feliz só por causa desse facto. Adaptar-me-ei de forma positiva às coisas más que me aconteceram e serei feliz por essa razão. Não esperarei que todos os meus objectivos ou sonhos se tornem realidade, mas serei feliz! (...) E porque razão serei eu feliz? Porque conheço e admiro o que a vida me proporcionou. Sou feliz porque quero ser feliz. A vida recompensou-me com a capacidade de ser feliz e, para me respeitar a mim mesmo, serei feliz. Como um circulo. O fim e o início. A felicidade.
Obrigado, vida, por tudo quanto me concedeste." 

terça-feira, 1 de maio de 2012

love machines


Nós pessoas somos tipo máquinas de produção de amor. Umas de produção mais intensiva, do que outras. O problema ocorre quando começamos a acumular demasiado em stock e não temos mercado para escoar os produtos. Damos demais de nós, para receber em troco nada. Eu sou assim; é verdade que temos sempre parte da culpa de estarmos de determinada maneira perante a vida, mas às vezes chego a pensar que existem coisas que não mudam por mais que tentemos redireccionar. Enfim. Quando se gosta há mais de um ano de alguém e essa pessoa não vê a pessoa maravilhosa que somos,  o tanto que temos para lhe dar, começamos a pensar seguir em frente, esquecer, ou à mais pequena amostra que nunca vai acontecer mais nada (logo de início), devemos recuar e seguir em frente, para não deixar que a produção cresça, cresça e cresça exponencialmente. Eu deixei acumular demais, eu comecei a gostar de mais, a desejar mais, a amar mais do que devia. Cheguei pois a um ponto que não dá para voltar atrás, ou melhor, dá, mas agora, até que o sentimento que nutro se apague em mim, o meu coração parece um ouriço, fechado sobre si próprio, sem se abrir para mais ninguém. Ontem em conversa com uma amiga ela disse 'Pushaa A. não devias ter deixado chegar a este ponto'. Não devia ter chegado a este ponto? A este ponto???  Mas existe alguma coisa que nos faça deixar de amar, ou não deixar que o sentimento fique tão forte? Como seres humanos reside em nós sempre uma ponta de esperança, uma luz ao fundo do túnel, que nos faz acreditar na plenitude, mesmo em tempos mais sombrios. É estúpido dizer isto, mas tenho pena de mim própria, por estar aprisionada a alguém que jamais me irá pertencer, não por não ter tentado, mas porque simplesmente esse alguém não gosta de mim. Custa imenso ter tanto para dar e ser tudo jogado fora, como algo dispensável que não queremos ter mais. E eu consegui resistir durante este dois meses, consegui não pensar tantas vezes em ti, consegui que o meu coração não pulasse do peito cada vez que te visse, consegui conter-me para não me meter contigo e falar de cada vez que te via. E sabes que mais? Não resultou. Hoje o coração dói-me na mesma, não te esqueci nem mais um pouco, não deixei de gostar de ti tampouco e ontem à noite, apesar da noite ter sido excelente (tive jantar de curso) adormeci a chorar . . .

Desculpem, eu fico triste só de ver o tom melancólico de todo o meu blog, mas este é dos únicos sitios onde posso expressar o que sinto, e quando estou feliz muitas vezes não tenho o alento de vir aqui, acontece mais quando estou em baixo. 

Uma boa semana para todos e um excelente feriado.
Prometo voltar assim que tiver um tempinho e estiver com melhor disposição. 

Beijinhos