your language


". . . . Essas palavras tristes e desorganizadas escondem as lágrimas que eu espero que tu nunca vejas . . . ."







sábado, 26 de fevereiro de 2011

tonight (2)


Ritmo.
Multidão.
Eu.
Pensamento estagnado.
Tu.
Confusão.
Certezas.
Batidas.
Sentimentos em turbulência.
Música.
No outro dia virei o meu rosto para ti, que estavas misturado numa amálgama de multidão, e reparei que tinhas os olhos fixos em mim. Estarei a sonhar?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

tonight


Já é noite, está aquele cheiro a liberdade no ar. Calço as botas, agarro as chaves e saiu porta fora. Lá fora faróis luminosos passam por mim e iluminam o meu caminho. Sinto o fresco da vida nocturna na pele e começo a andar em zigue-zague pelas ruas da cidade. Oiço o ruído urbano cada vez mais constante, toda aquela euforia imoderada dos bares e discotecas ambulantes. Aproximo-me do cerne da turbulência e finalmente caminho por aquela avenida onde as árvores se despem de folhas ao luar. Paro. Chega de solidão. Tonight faço o que me apetece. . . Num instante marco os números dos meus amigos no telemóvel e dou asas aos pés para me pôr a dançar. Mais, mais, mais, mais e mais . . . E é toda a noite, porque para estar sem fazer nada, para isso bastava-me ficar em casa! O meu relógio fluorescente já dá as 6 badaladas e os meus pés começam a fraquejar. Que noite de exaltação e agora cansaço. Sigo rumo a casa, já descalça com os pés bem no chão. As botas? Ficam pendentes na minha mão, que já mal as consigo segurar. Entro em casa enleada pelo fumo da noite e nem sequer me recordo de deitar. Arrependida? Não. Há noites e noites,  esta . . .  tive de aproveitar! 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

close to u

‘’Why do birds suddenly appear 
Every time you are near? 
Just like me, they long to be 
Close to you.
Why do stars fall down from the sky 
Every time you walk by? 
Just like me, they long to be 
Close to you.’’
Carpenters 

há dias assim



Existem dia em que não entendo o ‘porquê’ de me levantar. Existem dia em que não entendo o ‘porquê’ de ter de encarar as pessoas, de sorrir despreocupadamente, de falar agradavelmente e sem qualquer mágoa na voz, porque está tudo bem, tem de estar sempre tudo bem, até porque nós humanos somos um poço de felicidade, de confiança e optimismo. Será que não entendem que não vale a pena? Não vale a pena lutar por quem não somos, mostrar o que não queremos só para não parecer frágil e excluído do contentamento radiante de todos os outros que nos rodeiam. Porque não revelar ao mundo o quanto estamos enfraquecidos com o desgaste psicológico que se enleia em torno de nós? Não entendo. Estou revoltada comigo mesma, pois também eu faço parte desta farsa da boa-disposição comum. Quem estou a enganar afinal? A mim ou ao mundo? 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

the deadly apple



Às vezes o amor é como a maçã envenenada na Branca de Neve, dás uma trinca, morres para a vida! 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

not myself 2



Eu estou na minha, tu na tua onde quer que estejas a fazer o que te apetece, porque pensavas que ganhavas, mas não, eu já não gosto de ti, eu odeio-te e faço o que quero da minha vida e tu já não tens nada a haver! 

Voilá


Voilá! Coisas francesas só podia!
Porque os franceses têm sempre de ser os primeiros dans la mode. 

holding on





“Seconds, hours, so many days
You know what you want but how long can you wait?
Every moment last forever, when you feel you've lost your way
What if my chances were already gone?
I started believing that I could be wrong
But you gave me one good reason to fight and never walk away

So here I am still holding on”

K. Allen 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

not myself


Olhei para a minha vida e em cada momento não me reconheci. Não senti falta dos teus beijos enamorados, não senti falta da tua mão macia a acariciar-me a cintura, ignorei todas as ocasiões em que pensei na ‘nossa’ felicidade, apaguei por completo o sentimento que ainda nutria por ti. Como vítima dos meus próprios terrores enforquei-me com a corda do meu pensamento e dei asas a uma nova vida. Quem és tu? Não sei, não mais que um passado longínquo, que não pretendo atingir. Quem sou eu? Não sei, não mais que um peão nesta jogada crua que é a vida. 

No strings attached























Hoje fui ver este filme e amei. Nada melhor que uma tarde de cinema para aliviar da pressão do dia-a-dia. Ainda por cima com a Natalie Portman (que venero) e com o Ashton Kutcher (que eu adorooo) :) 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Porque eu adoro Gossip Girl


Porque eu adoro Gossip Girl, ontem deu-me na cabeça e copiei o excerto final. 


"Na vida, como na arte, alguns finais são amargamente doces, especialmente quando se trata de amor. Às vezes o destino joga dois amantes juntos, só para separá-los. Às vezes o herói faz a escolha certa, mas no momento errado. E como dizem, tempo é tudo. Parece que essa história pode ter um segundo acto. Vamos esperar que não seja tragédia. XoXo, Gossip girl "

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

tristezas ambulantes


Tristeza é como a chuva, ora nos toca ao de leve, ora nos atinge intensamente. 

wake up 4life


Adoro o mar, mas já estou farta de olhar para lá à espera que o mesmo me diga o que fazer, pensar, ouvir. Não é por ficar na praia uma tarde inteira a olhar o vazio que vai surgir alguma coisa nesta cabeça inconstante. Estou tão lenta que já não consigo raciocinar por mim própria. Que se passa comigo? Pareço um autómato sem vontade que é comandado segundo os erros dos outros. Que treta! Estarei eu a perder o comando à vida?! Deixo-me andar feita mosquinha morta! Que raiva!! Dêem-me uns pares de estalos a ver se acordo para a realidade! 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

today I feel . . .


Today i feel the happyness, today i feel the easy way to go home, today i feel the greatness of being someone in this world and never have to ask for something because everyone understands you and believes you are magnificent, unforgettable and indescribable, in other words you are amazing! Today I’m feeling so BRITISH!   

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

do u really know who am I?







 Porque há sempre alguém que sabe (quase) tanto de nós, quanto nós próprios.

"Through this skin
You see my heart
Through this laughter
You feel my pain
Even through
This mask you see
My face
For You
Are the only one
Who really knows
Just who I am"

K.P. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Smiling day

 Porque hoje eu tive imensos motivos para sorrir . . .


'' I'm as happy as I can be
Cause I'm allergic to tragedy
The doctor says something's wrong with me
The smile on my face has no remedy'' 



R. Martin

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

in the darkest side


Às vezes uma pessoa põe-se a pensar e apercebe-se que a vida é uma autêntica publicidade enganosa, em que se enrolam as conversas e os pensamentos, onde estamos rodeados de pessoas cínicas, hipócritas e sem a mínima percepção de como funcionam as coisas. Deixem-se de 'amorosismos' falsos e mostrem o que são ao mundo. Por trás dessa doce fachada escondem-se os demónios que vos atormentam e vos comem vivos. Essa ingratidão perante o que têm e o soluço desgostoso perante o que não quiseram sequer saber e que agora vos falta. Abram os olhos, expurguem as mentes, apurem o tímpano dos ouvidos e percepcionem tudo o que vos rodeia. Basta de cretinismo, enganos e omissões. Expulsem o interior, mergulhem nas profundezas do vosso ser e encontrarão a dignidade humana que deveriam há muito ter adquirido. . .


[imagem: net
palavras nela contida: minha autoria]

Sweet nineteen



Ano após ano . . .E 19  já passaram . . . Quando era pequena sempre me perguntava qual seria a sensação de ter 20 anos. Como estaria a minha vida? Muitos amores? Muitos amigos? Que curso estaria a tirar e onde? Pois bem muito mudou desde essa altura. Os sonhos, as amizades, as preferências e até mesmo o modo de pensar em determinados assuntos. Sinceramente nunca pensei que a minha vida estivesse como está. Não estou contente nem triste, simplesmente não sinto. . . uma anestesia imóvel instala-se em mim e não me deixa ponderar, conscientemente, naquilo que quero. Por muito que o meu futuro mude, nunca irei esquecer estes anos que marcaram a minha vida de um modo tão absoluto e determinante. Hoje é o derradeiro dia em que me despeço do antigo ‘eu’, de um passado pronto a reviver apenas em momentos felizes e nostálgicos. Dispo a pele da menina que era e deixo-me andar assim tão natural como sou pelo meio daqueles que me rodeiam. Aquela que fui não voltarei a ser, porque a mudança não altera só o quotidiano e aquilo que nos engloba, também nos faz sentir estranhos a nós mesmos, nos faz sentir a necessidade de querer ser mais e melhor, e ir mais além. Com olhos postos no futuro esqueço os obstáculos e todas as fragilidades que o destino me traz e procuro na luz do presente conseguir guiar-me por entre todas as bifurcações que a vida me propuser. . .Venham os 20! 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

just keep moving foward



“ Around here, however, we don’t look backwards for very long. We keep moving forward, opening up doors and doing new things, because we’re curious. . . and curiosity keeps leading us down new path” Walt Disney 

think about that


(NOT made by me)

O que é a felicidade para ti . . .




"O que é felicidade para ti?...
Teu sorriso, Teus olhos, Teu cheiro, estar contigo, abraçar-te, beijar-te... Minha felicidade foi-se. Meu coração partido machuca-me em cada lembrança onde não consigo olhar dentro dos teus olhos. Eu procuro-te... Vivi na esperança de tu um dia voltares... Tudo o que eu vejo em mim faz lembrar-me de ti. Tu foste-te e nunca saberás que ainda te amo. Não vou desistir de procurar... Essas palavras tristes e desorganizadas escondem as lágrimas que eu espero que tu nunca vejas. Se olhares bem dentro dos meus olhos verás o quanto sofro e preciso do teu amor para viver. Eu te procurei. Hoje vivo em lembranças, não quero acreditar que o sonho acabou... Eu preciso de ti. Guardo no peito palavras que não posso falar uma verdadeira canção querendo viver...
Tu não vais voltar... Sabes ainda escuto tu a dizeres “Eu te amo” Meu coração tolo faz-me chorar... Um dia quando minhas lágrimas e palavras tiverem acabando talvez meu coração lembre-se de parar...” 




[Este pequeno texto retirei da internet no ano passado, mas já nem sei ao certo o site, gostei dele, por isso o publico hoje aqui.]

domingo, 6 de fevereiro de 2011

a little of Paramore



"I could follow you to the beginning
And just relive the start
And maybe then we'll remember to slow down
At all of our favorite parts
All I wanted was you"

a minha música do momento ^^ 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

such a lonely day


Há simplesmente dias em que não dá vontade de falar, nem ver ninguém. Refugiar-me de tudo e de todos. Chorar, dormir e desaparecer. Porque é que eu sou assim? Não sei. Não me perguntem. Há dias em que nem o Sol faz brilhar as nossas vidas . . . e hoje é um desses dias . . . .

História que virou história


"Um magnífico romance histórico passado na corte de Henrique VIII. Amor, sexo, ambição e intriga.
Duas Irmãs, Um Rei apresenta uma mulher com uma determinação e um desejo extraordinários que viveu no coração da corte mais excitante e gloriosa da Europa e que sobreviveu ao seguir o seu próprio coração.
Quando Maria Bolena, uma rapariga inocente de catorze anos, vai para a corte, chama a atenção de Henrique VIII. Deslumbrada com o rei, Maria Bolena apaixona-se por ele e pelo seu papel crescente como rainha não oficial. Contudo, rapidamente se apercebe de que não passa de um peão nas jogadas ambiciosas da sua própria família. À medida que o interesse do rei começa a desvanecer-se, ela vê-se forçada a afastar-se e a dar lugar à sua melhor amiga e rival: a sua irmã, Ana. Então Maria sabe que tem de desafiar a sua família e o seu rei, e abraçar o seu destino."

Decididamente o melhor livro já lido até ao momento. Phillipa Gregory a rainha do romance histórico. 

Contra o uso de peles de animais - Hoje e Sempre







 Se mais pessoas deixassem de usar peles e passassem a lutar pelos direitos dos animais, o mundo seria muito melhor!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Diário de um cão



Esta história 'fictícia' já deve ser do conhecimento de muitos de vós. Eu tive conhecimento dela, quando tinha os meus 13 anos, altura em que a minha cadela morreu e na altura marcou-me bastante. Ainda hoje não entendo como há pessoas capazes de abandonar aqueles que lhes trazem alegria à vida. História infantil mas objectiva
 
1ª Semana:Hoje faz uma semana que nasci! Que alegria ter chegado a este mundo!
1º Mês:A minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!
2º Mês:Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito inquieta e com os seus olhos disse-me adeus como que esperando que a minha nova “família humana” cuidasse bem de mim, como ela havia feito.
4º Mês:Cresci muito rápido. Tudo chama à minha atenção. Existem crianças na casa, são como “irmãozinhos”.
5º Mês:Hoje castigaram-me. A minha dona zangou-se porque fiz xixi dentro de casa... Mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como durmo na marquise, não aguentei!
6º Mês:Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido... Creio que a minha família humana me ama muito... Quando estão a comer convidam-me também. O pátio é só para mim e eu estou sempre a fazer buracos na terra, como os meus antepassados lobos, quando escondiam comida. Nunca me educam! Seguramente porque nada faço de errado!
12º Mês:Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!
13º Mês:Como me senti mal hoje... O meu “irmãozinho” tirou-me a minha bola. Como nunca toco nos seus brinquedos, fui atrás dele e mordi-o, mas como os meus dentes estão muito fortes, magoei-o sem querer. Depois do susto, prenderam-me e quase não me posso mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que me vão deixar em observação (certamente não me vacinaram)... Não entendo o que está a acontecer.
15º Mês:Tudo mudou... vivo preso no pátio... na corrente... Sinto-me muito só.... a minha família já não me quer... às vezes esquecem-se que tenho fome e sede e quando chove não tenho tecto para me tapar.
16º Mês:Hoje tiraram-me a corrente. Pensei que me tinham perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e o meu rabo não parava de abanar. Parece que vou passear com eles. Entrámos no carro e andámos um grande bocado. Quando pararam, abriram a porta e eu desci a correr, feliz, crendo que era um dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram embora... “Esperem!!!” – Lati. Esqueceram-se de mim! Corri atrás do carro com todas as minhas forças... a angustia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham-me abandonado...
17º Mês:Procurei em vão encontrar o caminho de volta a casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração olham-me com tristeza e dão-me de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo da minha alma. Porque não me adoptam? Eu seria leal como ninguém. Porém apenas dizem “Pobre cãozinho, deve estar perdido.”.
18º Mês:No outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus “irmãozinhos”. Cheguei perto deles e um grupo, aos risos, atirou-me uma chuva de pedras – para ver quem tinha melhor pontaria. Uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos, e desde então não vejo.
19º Mês:Parece mentira, mas quando eu estava mais bonito as pessoas compadeciam-se mais de mim... Agora que estou mais fraco, com aspecto mudado... perdi o meu olho, as pessoas tratam-me aos pontapés quando pretendo deitar-me à sombra.
20º Mês:Quase não me posso mexer. Hoje ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles atropelou-me. Pelo que sei  estava num lugar seguro chamado sarjeta, mas nunca me vou esquecer do olhar de satisfação do motorista ao faze-lo. Oxalá me tivesse morto... Porém só me partiu as pernas. A dor é terrível, as minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade arrastei-me até uma moita de ervas completamente fora da estrada. Não me posso mover, a dor é insuportável, nunca me abandona. Sinto-me muito mal, estou num lugar húmido e parece que o meu pêlo está a cair. Algumas pessoas passam e não me vêem;  outras dizem “Não te aproximes”. Já estou quase inconsciente. Porém uma força estranha fez-me abrir os olhos. A doçura da sua voz fez-me reagir. “Pobre cãozinho, como te deixaram”, dizia. Junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse “Minha senhora, infelizmente este cão não têm remédio que o salve, o melhor é que deixe de sofrer”.
A gentil senhora consentiu com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela, agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injecção e dormi para sempre, pensando em porque nasci se ninguém me queria...

COOKIES


Adoro bolachas; de chocolate, com pepitas, de creme branco, com caramelo e smarties, grandes, pequenas, redondas ou até mesmo quadradas. Sentir aquele sabor a doce tão crocante! A sério são elas que me perseguem. Vou muito bem no supermercado e aquele corredor guloso começa a piscar para mim, a chamar com luzinhas e piscadelas e os meus olhos não, não aguentam, não conseguem aguentar. . . .aquelas delícias tentadoras que se não compro me perfuram o coração . .  . E lá vou eu agarra-me a elas tão frescas, tão fofas, tão saborosas. . .

Divagações da mente . . .


[De salientar que os excertos aqui presentes nesta mensagem pertencem a um texto da minha autoria elaborado a 19/05/2009 e que por motivos pessoais não foi transcrito na sua totalidade]


Nos meandros do meu subconsciente, enquanto sonho, vou-me apercebendo do quão vastos são os meus desejos e os meus anseios. Reparo agora, que perdida algures a minha alma, por entre livros, escola e trabalhos, o meu relógio de tic-tac, afinal também bate. 
A dúvida permanece, mas, agora, algo fala mais alto na confusão em que se encontram os meus sentidos. Dissipam--se as questões filosóficas e fico apenas com o que de mais básico constitui o ser humano. Não é a carne, nem os ossos, muitos menos os órgão ou o sangue que pulsa, sem cessar, pela vastidão das veias do meu ser. É a emoção! Toda eu sou constituída de estados de espírito, arrebatamentos de alma e manifestações histéricas ou passivamente adormecidas de influxos nervosos, que cronometrados, afectam todos os meus sentidos e chocam, causando colisão entre o consciente, o subconsciente e a minha mente. A emoção é então mais forte que todo o meu pensamento. É ela que comanda a vida, que de modo descontrolado me levou ao sítio certo na altura ideal. Pena então os desperdícios de não sei quantos dias de desinteresse e estupidez natural, que se colaram como lapa ao meu ínfimo ser. Cromo desaproveitamento, que não soube desfrutar, em tempos em que o poderia ter feito e que agora ficam perdidos para sempre, na memória de quem ainda os retenha… (...)Algo lateja incessantemente no cerne do meu corpo; é como ave frenética que voa contra o vento cortante, que a desvia do seu caminho. Também ela procura a melhor trajectória para chegar ao destino que se propôs alcançar. Mas eu entro por atalhos, encruzilhadas e becos sem saída, dos quais tenho que voltar atrás. Regresso à estaca zero, perdida algures, num sítio que conheço tão bem, mas no qual não me consigo encontrar, pois sou apenas metade de mim. A outra parte anda fugida, escapou, quando eu pensava que quem assumia o controlo era eu. Mas estava enganada, pois nada posso prender, nem eu própria poderei aprisionar, porque a liberdade é o essencial nas nossas vidas. 
A noite avança, e a lua já vai a meio no céu estrelado que vislumbro da minha janela, mas eu continuo perdida em divagações mirabolantes, que não adiantam, nem dizem coisa alguma. Tudo faz sentido, quando pensamos ilusoriamente na vida que levamos, no entanto, estando um pouco mais sóbrios em relação ao mundo que nos rodeia, reparamos que tudo não passam de sonhos inconcretizáveis, pensamentos formulados e desejos esquecidos, que vamos arquivando com o tempo. (...) 
As palavras surgem como torrentes de lava, que me ardem nas mãos e têm de ser escritas para o papel. Simplesmente não consigo parar, desde que descobri que não sei escrever; não me posso equiparar a outros que com o dom da palavra encantam o mundo. Acho-me então insatisfeita, como se tivesse de expor o que de mais forte penso que estou a sentir. (...) Mas a mão rápida, escreve como uma flecha e sinceramente já não sei se serei eu que estou a escrever ou o subconsciente que nestas horas tardias vai despertando e me dita o que vai no coração.  Memórias, recordações, frases soltas, abraços e beijos vão convergindo para onde devem chegar, como o lume, no qual as labaredas se unem num mesmo sentido e crepitam altas, mas não se separam. (...) Tu vives aquilo que lês e parece impossível, mas tu sabes que só a ti são dirigidas estas palavras. (...) 

Hoje estou numa de andar a fazer publicidade . . .



















quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mergulhando por entre os sonhos . . .





Finalmente assim, tão só comigo mesma, tão singela com meus pensamentos e breve naquilo que pretendo sentir. Acordei confusamente na bruma da solidão daquela praia a que eu nunca fui, mas com a qual ando a sonhar. Não vi ninguém, não me lembro de caminhar, muito menos de ficar inerte sentada naquela areia dourada que me resfolgava o coração; o mar, desse lembro-me bem, que me inundou a mente de sensações, que me devolveu o fôlego para respirar novamente. Braçadas leves, puras, simples . . . ao longe começa a destacar-se o nascer-do-sol e sei que o final desta liberdade tão minha está prestes a acabar. . . .ausência de pensamentos . . .  . . . .confusão de imagens .. . .nevoeiro matinal . . ..Acordo . .. Tudo acaba, eis a realidade!