Fizeram um estudo no Reino Unido e ora vejam a conclusão a que chegaram. Isto para não dizerem que ser veterinário é para meninos e não uma profissão como as outras. Exige muito de nós, tanto estudantes, como profissionais da área.
"Traços da personalidade também podem ser um fator, e veterinários, como médicos humanos, tendem a abrigar características de imaturidade emocional que podem germinar pensamentos suicidas. Realizadores de alto desempenho académico em um amplo espectro de profissões estão incluídos neste grupo, pela tendência de serem vítimas do “perfeccionismo socialmente prescrito” com altos níveis de competição entre colegas, medo do fracasso e ansiedade, diz Bartram.
Os critérios de admissão em faculdades veterinárias, que focam em encontrar os candidatos mais brilhantes e dedicados, tendem a atrair estes tipos de personalidade por selecionarem estudantes com alto desempenho académico e imaturidade emocional proporcional. Investir na maturidade emocional em faculdades veterinárias poderia auxiliar melhor os estudantes a lidar com clientes em suas futuras carreiras, bem como agir como tampão contra stress relacionado a trabalho, segundo Bartram.
Veterinários trabalham com pouca supervisão e podem errar diversas vezes no início de suas carreiras, escreve Bartram. Estes erros podem ter “impacto emocional considerável e podem ser significantes no desenvolvimento de pensamentos suicidas.” Acrescente a isto longas jornadas de trabalho, a ameaça de reclamações de clientes e litígio, desafios éticos, e parece ser óbvio por que tantos na profissão veterinária lutam contra a depressão e pensamentos suicidas. Longas jornadas são um desafio em especial, como um estudo de veterinários alemães revelou que aqueles que trabalham mais do que 48 horas por semana relatavam maiores níveis de stress e um índice maior de acidentes de trânsito. Lidar com clientes durante estas longas jornadas é um fardo por si só, declara Bartram, citando um estudo que mostrava que a taxa de suicídio é 1,5 vezes maior para pessoas em ocupações dependentes de clientes, sendo a dependência de clientes uma fonte principal de stress relacionado a trabalho.
Outro fator relacionado às longas jornadas de trabalho dos veterinários é a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e o custo disto para a saúde emocional. Esta tendência é vista mais frequentemente em mulheres veterinárias, de acordo com o estudo, o que pode explicar a maior taxa de suicídios entre mulheres veterinárias. Estas também relatam maiores níveis de empatia emocional com animais, maior preocupação pelo bem-estar e direitos dos animais, e maior ênfase no elo pessoa-animal, de acordo com Bartram. Estes fatores podem tornar a eutanásia e tratamentos que fracassaram ainda mais difíceis de se lidar para mulheres veterinárias, ele diz.
Agora que foi estabelecido que veterinários possuem maior risco de suicídio do que outras profissões, Bartram diz que é hora de se focar na prevenção. Fatores predisponentes envolvidos no suicídio podem ser identificados em diversas fases da carreira de um veterinário, e avaliações aperfeiçoadas podem ser usadas no processo de admissão de faculdades veterinárias para auxiliar a intervir em indivíduos que podem ter dificuldades em lidar com as pressões de sua carreira escolhida, segundo Bartram."
(em http://animalmarketing.com.br/2011/07/02/estudo-analisa-fatores-em-alta-taxa-de-suicidio-entre-veterinarios/)
Concordo com o estudo, mas não vejo até que ponto é que a avaliação dos factores predisponente no processo de admissão à faculdade pode solucionar de algum modo o problema, pois antes de eu entrar para o curso jamais pensaria nisso. Mas stresses à parte, há-que lutar e resistir!