O doce sol de Outono toca-me a pele.
Voam em danças pelo ar folhas já gastas de épocas passadas.
Ouve-se ao fundo o murmúrio chorado das aves, lamuriando o fim do verão, há já algum tempo extinto...
Em cada pedra da calçada, sinto a chuva que abalou,
a brisa fresca que veio para ficar,
a incerteza da posteridade,
o refúgio do antigamente,
o conforto do que é seguro,
o calor do que nos é amado,
a história foge por entre os dedos, como se já estivesse escrita...
Tento delinear, aos poucos, o infinitivo, mas escapa-me a vontade,
o sossego...
inquietação frenética que paira por ai algures, e não me deixa só...
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