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sábado, 12 de março de 2011
O que em mim ficou 5/10/2008
Partiram-se os vidros das janelas
por onde o eu olhava;
o vento tocou-lhes profundo
e fê-las quebrar.
Quebrou-se também o eu,
pelo vento o ter tocado;
enfim por ser tocado o eu.
Quantas vezes o vento passou adiante,
e as janelas estremeceram à sua passagem. . .
Assim como os vidros estremeceram,
também o eu estremeceu.
E por isso, lógica das lógicas, quebrou!
Agora restam os estilhaços dos vidros,
os restos do eu que ruiu, desmoronou. . .
Oh vento, oh vento!
Que discreto vais escapando.
Mas agora que diferença faz?
As janelas já estão destruídas,
os vidros estilhaçados,
e o eu quebrado (de tanto que foi tocado).
Que importa agora ao vento?
. . .
Deixou tudo. Ficou nada.
Apenas restaram as janelas, os estilhaços, o eu. . .
(5/10/2008)
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