Começas a deslizar a mão pelas minhas costas, enquanto os teus lábios acompanham os meus numa balada doce e repentina, o teu corpo afrouxa quando os meus dedos escorregam pelos teus ombros em direcção a cintura, e então a tua língua inunda a minha boca, procura nela um sentimento perdido, de paixão irreflectida. Num segundo, começas a descer e escondes beijos quentes e irreflectidos no meu pescoço, perdes as mãos no meu corpo e eu deixo-me ir. Faço o mesmo que tu, perco-me em ti. E assim tão fundidos um no outro, passam-se momentos em câmara lenta, ocorre tudo tão devagar na minha cabeça que tenho medo que o 'tanto' se esvaia um dia da minha memória. Então a melodia deixa de soar e a luz torna-se mais forte, deixo de te sentir, e já nem escuto a tua respiração e as tuas palavras breves e calorosas no lóbulo da minha orelha.
Puff desapareceste!
Mais um sonho.
Parte dele vi-o realizar-se, outra parte perde-se na ilusão da minha mente.
Quero-te e isso, isso é completamente inegável.