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". . . . Essas palavras tristes e desorganizadas escondem as lágrimas que eu espero que tu nunca vejas . . . ."







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Divagações da mente . . .


[De salientar que os excertos aqui presentes nesta mensagem pertencem a um texto da minha autoria elaborado a 19/05/2009 e que por motivos pessoais não foi transcrito na sua totalidade]


Nos meandros do meu subconsciente, enquanto sonho, vou-me apercebendo do quão vastos são os meus desejos e os meus anseios. Reparo agora, que perdida algures a minha alma, por entre livros, escola e trabalhos, o meu relógio de tic-tac, afinal também bate. 
A dúvida permanece, mas, agora, algo fala mais alto na confusão em que se encontram os meus sentidos. Dissipam--se as questões filosóficas e fico apenas com o que de mais básico constitui o ser humano. Não é a carne, nem os ossos, muitos menos os órgão ou o sangue que pulsa, sem cessar, pela vastidão das veias do meu ser. É a emoção! Toda eu sou constituída de estados de espírito, arrebatamentos de alma e manifestações histéricas ou passivamente adormecidas de influxos nervosos, que cronometrados, afectam todos os meus sentidos e chocam, causando colisão entre o consciente, o subconsciente e a minha mente. A emoção é então mais forte que todo o meu pensamento. É ela que comanda a vida, que de modo descontrolado me levou ao sítio certo na altura ideal. Pena então os desperdícios de não sei quantos dias de desinteresse e estupidez natural, que se colaram como lapa ao meu ínfimo ser. Cromo desaproveitamento, que não soube desfrutar, em tempos em que o poderia ter feito e que agora ficam perdidos para sempre, na memória de quem ainda os retenha… (...)Algo lateja incessantemente no cerne do meu corpo; é como ave frenética que voa contra o vento cortante, que a desvia do seu caminho. Também ela procura a melhor trajectória para chegar ao destino que se propôs alcançar. Mas eu entro por atalhos, encruzilhadas e becos sem saída, dos quais tenho que voltar atrás. Regresso à estaca zero, perdida algures, num sítio que conheço tão bem, mas no qual não me consigo encontrar, pois sou apenas metade de mim. A outra parte anda fugida, escapou, quando eu pensava que quem assumia o controlo era eu. Mas estava enganada, pois nada posso prender, nem eu própria poderei aprisionar, porque a liberdade é o essencial nas nossas vidas. 
A noite avança, e a lua já vai a meio no céu estrelado que vislumbro da minha janela, mas eu continuo perdida em divagações mirabolantes, que não adiantam, nem dizem coisa alguma. Tudo faz sentido, quando pensamos ilusoriamente na vida que levamos, no entanto, estando um pouco mais sóbrios em relação ao mundo que nos rodeia, reparamos que tudo não passam de sonhos inconcretizáveis, pensamentos formulados e desejos esquecidos, que vamos arquivando com o tempo. (...) 
As palavras surgem como torrentes de lava, que me ardem nas mãos e têm de ser escritas para o papel. Simplesmente não consigo parar, desde que descobri que não sei escrever; não me posso equiparar a outros que com o dom da palavra encantam o mundo. Acho-me então insatisfeita, como se tivesse de expor o que de mais forte penso que estou a sentir. (...) Mas a mão rápida, escreve como uma flecha e sinceramente já não sei se serei eu que estou a escrever ou o subconsciente que nestas horas tardias vai despertando e me dita o que vai no coração.  Memórias, recordações, frases soltas, abraços e beijos vão convergindo para onde devem chegar, como o lume, no qual as labaredas se unem num mesmo sentido e crepitam altas, mas não se separam. (...) Tu vives aquilo que lês e parece impossível, mas tu sabes que só a ti são dirigidas estas palavras. (...) 

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